Esse texto é do Ricardo Jordão Magalhães,um carmarada visionário que tem feito muito sucesso e revolução, com esse teto sobre ensino e escola eu me torno sua admiradora incondicional...meu sonho de escola, pena não existir perto de casa!
"Saber, não fazer, é não saber."
Querida(o) Amiga(o),
Eu odeio as escolas do mundo, eu odeio as escolas que ensinam decoreba para as crianças. Simplesmente não funciona, não resolve.
A minha filha de 4 anos estuda hoje em uma escola de mente aberta que não obriga ela a decorar NADA. Nas reuniões que reúnem os pais, a diretora pedagógica da escola da minha filha não consegue explicar direito qual é o método que eles usam. Não é o método tradicional, não é o método Montessori, não é nenhum método conhecido, eles estão experimentando coisas novas, misturando escolas diferentes, experimentando de tudo; a maioria dos pais e mães acham isso um absurdo, mas eu gosto da idéia, e tô pagando para ver.
A minha filha é super feliz nessa escola. Ela brinca prá caramba e tem várias amiguinhas de diferentes níveis sociais; não sabe muito de matemática, mas já conhece as poesias de Carlos Drummond de Andrade, já ouviu um sanfoneiro tocar uma sanfona, e se recusa a conversar com adultos mal educados, que falam em voz alta, gritam, ou não sabem falar "muito obrigado", "desculpe" ou "por favor".
Por outro lado, eu tenho amigos com filhos de 4 ou 5 anos que estudam em escolas tradicionais que ensinam a eles a levantar quando o professor entra na sala e a cantar o hino nacional todos os dias pela manhã. A minha esposa fica preocupada porque acha que a nossa filha está atrasada, mas eu não tô nem aí se a minha filha ainda não sabe ler X coisas, ou escrever o nome do presidente da república.
Eu odeio as escolas tradicionais, e acredito que a educação precisa de uma revolução.
As escolas precisam se reinventar!!!
As escolas precisam conhecer a ESCOLA DA PONTE!
Você já ouviu falar da Escola da Ponte em Portugal?
"Educar é mais do que preparar alunos para fazer exames, mais do que decorar a tabuada, mais do que saber papaguear ou aplicar fórmulas matemáticas. É ajudar as crianças a entender o mundo, a realizarem-se como pessoas, muito para além do tempo de escolarização". Esse é o pensamento que norteia a filosofia da Escola da Ponte, uma instituição pública de ensino que fica em Portugal.
Idealizada pelo educador lusitano José Pacheceo, e fundada em 1976, a escola é o modelo de um sistema pedagógico inovador, inspirado dos ideais de educação libertária de pensadores como Edgard Morim, e o brasileiro Paulo Freire.
Na Escola da Ponte não há salas de aula, séries ou curso determinado. A Escola da Ponte é a verdadeira Escola de Atenas (referência àquela pintura que eu já mostrei por aqui várias vezes feita por Rafael séculos atrás).
Na Escola da Ponte o aprendizado é autônomo. Cada aluno escolhe o que quer aprender. Eles elaboram seus planos de estudo e desenvolvem projetos, individuais ou em grupo. Professores lá trabalham conjuntamente com os alunos, não havendo diferença hierárquica entre eles. Não há um diretor.
Provas??? Só quando o aluno quiser, ou melhor, quando sentir que já aprendeu e está preparado para ser avaliado. E é ele quem procura o professor e solicita a avaliação.
"As nossas crianças não são educadas apenas para a autonomia, mas através dela, nas margens de uma liberdade matizada pela exigência da responsabilidade", explica Pacheco.
Mas para chegar a esse ponto, os alunos passam por um longo aprendizado de múltiplas disciplinas.
"Para os que vêm de outras escollas e confundem liberdade com libertinagem, não sabem o que querem, somos nós que dizemos o que devem aprender e quando devem ser avaliados. Não somos doidos", esclarece Pacheco.
A escola é pequena, tem cerca de 200 alunos, com idades entre 5 e 13 anos. Pequena no tamanho, mas grande na proposta pedagócica, a ponto de fazer o educador Rubem Alves se encantar. "Quando vi a Escola da Ponte fiquei alegre e repeti, para ela, o que Fernando Pessoa havia dito para uma mulher amada: "Quando te vi, amei-te já muito antes...", conta Rubem.
"A primeira vez que visitei a Escola da Ponte quem me apresentou a escola foi uma menina de 9 anos", conta Rubem Alves, "Para entender a nossa escola, o senhor terá que esquecer tudo o que entende sobre escolas. Não temos professores dando aulda. Não temos turmas separadas, nem campainhas separando os tempos de pensar", "Como nós aprendemos? Os alunos formam pequenos grupos e escolhem um tema que desejam trabalhar. O que o professor vai fazer? Ele dá as informações bibliográficas e de pesquisa na internet, estabelecendo com os alunos o programa de trabalho, de investigação e de leitura. Por duas semanas, eles lêem, investigam, pesquisam na internet. Todo mundo está trabalhando. Não tem ninguém dando aulas. Os alunos estão investigando, trabalhando e ao final de duas semanas eles reúnem-se para conversar sobre o que aprenderam. Quando se sentem prontos para serem avaliados, solicitam as provas." É possível implementar a Escola da Ponte no seu bairro?
É possível implementar a Escola da Ponte no Brasil inteiro?
Por que não?
O web site da Escola da Ponte é feinho, mas tem algumas pérolas shows de bola sobre o projeto da escola. Um exemplo é o projeto pedagógico da Escola da Ponte disponível na web para você ler, compreender, e porque não implementá-la na sua cidade, ou mostrar para os diretores da escola mais próxima da sua casa. Outra pérola é o documento original de 1996 sobre o projeto inicial da escola.
QUEBRA TUDO na Escola!!
Ricardo Jordão Magalhães
Vamos fechar as escolas!
E-Mail e Messenger: ricardom@bizrevolution.com.br
BIZREVOLUTION
EU SOU FÃ DO SER HUMANO! E Você?
Fonte: Site bIzReVoLuTiOn eu sou fã desse cara !
Mary Poppins!
Um comentário:
Caraca Anna! Que post!!! Eu já conhecia o trabalho da escola da Ponte, mas ao ler esse post parace que nunca tinha ouvido falar...
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